As línguas são dinâmicas, e o inglês não é exceção à regra. Ao longo da história, várias alterações no inglês surgiram de coloquialismos que já foram considerados erros, mas que acabaram por moldar o idioma (tanto o oral, quanto o escrito).
Esse top 5 mostra a origem de algumas palavras atuais da língua inglesa que vieram de escorregões do passado, e que caíram na boca do povo. (Atenção: não vai me usar a evolução linguística como desculpa pra tirar nota baixa na escola!):
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As letras bagunçadas

A confusão que acontece na cabeça da gente quando nos deparamos com a ordem das letras de certas palavras é gatilho para várias alterações no vocabulário. Algumas foram rearranjadas. É o caso de iron, nuclear, comfortable, pretty, horse e prescription, por exemplo. Antes, a grafia dessas palavras era, respectivamente: iern, nucular, comfterble, purty, hros e perscription. Facilitou, não?
[Fonte: Wikipedia, Guardian]
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Letras que pulam de palavras

Essa história é bem curiosa: na idade média, as palavras eram escritas tão perto umas das outras que não dava para distinguir onde começava uma e terminava a outra. Letras, então, foram “saltando” entre as palavras, gerando alterações como as das palavras “apron”, “adder”, “lone” e “nickname”. As palavras “apron” e “adder” costumavam ter um n no começo (“Napron”, “nadder”), mas isso foi ficando confuso a cada vez que se usava o artigo indefinido na frente delas. Praticamente, não existe diferença de pronúncia entre “an apron” e “a napron”, o que gerou a supressão do n, com o tempo.
Com “nickname”, a história foi parecida: antes, a expressão “eke name” era usada para designar um “nome adicional”. De tanto usá-la perto do artigo “an” (“an eke name”), o tal do nome adicional virou “nickname”.
[Fonte: Wikipedia, Guardian]
A letra fantasma

Há também uma leva de mudança que surge a partir de uma estranha necessidade das pessoas de colocar letra onde não tem. Um dos espaços nas palavras que mais abrigam letras novas é o vão entre um som nasal e um som não-nasal. Isso aconteceu nas palavras “thunder” e “empty”, que já foram “thuner” e “emty”; e está acontecendo com “hamster” e “warmth”, às quais os anglófonos andam adicionando um p (“hampster”, “warmpth”) e “fence”, que tem sido ouvida por aí como “fentce”.
[Fonte: Wikipedia, Guardian]
A letra que muda de som quando viaja

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Tem umas palavras que parecem “pousar” no nosso vocabulário de repente, com uma pronúncia que não tem nada a ver com a grafia. Geralmente, elas são estrangeiras, e a gente pode aprender a falar do jeito original, ou ler do nosso jeito o que parece estar escrito no papel.
É o que aconteceu em inglês com a palavra “ski”. Originária do norueguês, língua em que “sk” é lido como “sh”, a palavra surgiu na Inglaterra sendo pronunciada “shi”. Com o tempo, a galera passou a ler “ski”, e a pronúncia se oficializou. Essa mesma dinâmica acontece atualmente com palavras como “often” (apesar de a maioria das pessoas dizer “offen”, ultimamente aquele “t” está querendo aparecer também) e “clothes” (que, geralmente, se pronuncia “close”, mas tem sido ouvido como “clothes”, com “th”, mesmo).
[Fonte: Wikipedia, Guardian]
As letras engolidas

Conhecido pelos entendidos como “síncope”, esse é um dos processos mais comuns que sofrem as línguas vivas. É o que fez a expressão em português “vossa mercê” virar “você” com o tempo, e o que faz com que, na verdade, a gente diga “cê” no dia a dia. No inglês, essa tal de síncope fez com que o “Woden’s Day”, originalmente o dia do deus nórdico Odin, virasse “wednesday” (e o d que restou nem é pronunciado). O mesmo acontece com o natal da língua inglesa: ninguém lembra do t de Christ, e “christmas” vira praticamente “chrismas”.
[Fonte: Guardian]